Programa de Residência em Cirurgia Cardiovascular
Programa credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) de acordo com a deliberação da 5a Sessão Plenária Ordinária da Comissão Nacional de Residência Médica em 18 de maio de 2017, quando foi aprovada a Resolução CNRM da Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de Cirurgia Cardiovascular em conformidade com o Art. 15 do Decreto 8.516/2015, e aumento para cinco anos de treinamento em serviço, com acesso direto, a partir de 01 de março de 2018.
CONSIDERANDO a Lei nº 6.932/81, que estabelece em seu Art. 5 º que os Programas de Residência Médica respeitarão 60 (sessenta) horas semanais, nelas incluídas um máximo de 24 (vinte quatro) horas de plantão; que estabelece ainda, no parágrafo 2º do citado artigo, que das 60 (sessenta) horas semanais um mínimo de 10 % e um máximo de 20% serão destinados a atividades teórico – práticas, sob a forma de sessões atualizadas, seminários, correlações clínico – patológicas ou outras.
Coordenador
Antoninho Sanfins Arnoni
Pré-Requisito para Iniciação: | Acesso Direto em Cirurgia Cardiovascular. |
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA
Unidade de internação – 5%
Ambulatório s- 5%
Urgência e emergência – 10%
Métodos de imagem – 10%
Laboratório de técnica operatória – 10%
Centro Cirúrgico – 50%
Atividades teóricas – 10%
ESTÁGIOS OBRIGATÓRIOS
Métodos diagnósticos não invasivos
Hemodinâmica e radiologia intervencionista
Unidade de internação
Ambulatórios: cardiologia adulto e pediátrica, transplante cardíaco, doenças da aorta e diagnóstico e tratamento das arritmias
Unidade de terapia intensiva
Hemoterapia
Cirurgia experimental e laboratório de técnica operatória
Simulação Virtual
Circulação extracorpórea
Cirurgia Torácica
Angiologia e cirurgia vascular
Estimulação cardíaca artificial
Centro cirúrgico
ATIVIDADES TEÓRICAS
Programa de aulas
Seminários bimestrais
Discussões de casos (reuniões)
Analise crítica de trabalhos científicos
Sessões anatomo-morfopatológicas
Simulações em manequim, simuladores de realidade virtual e tecidos artificiais no Centro de Simulação Avançada (CESIA)
Treinamento de técnica cirúrgica na Cirurgia Experimental por módulos (coronária, valva, aorta, transplante cardíaco e cirurgia minimamente invasiva)
Desenvolvimento de projetos de pesquisa experimental e clínico
Ensino tutorado em campo operatório
Programa de Aulas Cirurgia Cardiovascular
- Ética médica e bioética e experimentação em pacientes e animais
- Prevenção, diagnóstico e tratamento da infecção em cirurgia cardiovascular
- Curso de Elaborar e Analisar um Trabalho Científico -1
- Curso de Elaborar e Analisar um Trabalho Científico -2
- Curso de Elaborar e Analisar um Trabalho Científico -3
- Curso de Elaborar e Analisar um Trabalho Científico -4
- Curso de Noções Básicas de Metodologia Estatística -1
- Curso de Noções Básicas de Metodologia Estatística -2
- Curso de Noções Básicas de Metodologia Estatística -3
- Curso de Noções Básicas de Metodologia Estatística -4
- Anatomia e Fisiologia Cardiovascular
- Noções básicas de Ecocardiografia
- Noções básicas de tomografia computadorizada do sistema cardiovascular
- Anestesia, Monitorização per-operatória
- Reanimação Cardiopulmonar e Cerebral
- Manuseio do Sangramento e Complicações Trombóticas em Cirurgia Cardiovascular
- Circulação Extracorpórea e Proteção miocárdica
- Manuseio no pós-operatório de cirurgia cardiovascular
- Tratamento cirúrgico de tumores cardíacos e das lesões do pericárdio
- Tratamento Cirúrgico da cardiopatia isquêmica
- Tratamento Cirúrgico das Complicações Mecânicas do Infarto
- Tratamento Cirúrgico das lesões adquiridas da valva mitral
- Tratamento Cirúrgico das lesões adquiridas da valva tricúspide
- Tratamento Cirúrgico das lesões adquiridas da valva aórtica
- Tratamento Cirúrgico da endocardite infecciosa
- Tipos de próteses valvares: vantagens e desvantagens
- Tratamento transcateter das lesões valvares
- Diagnostico e tratamento da dissecção da Aorta
- Tratamento cirúrgico do aneurisma da aorta ascendente
- Tratamento cirúrgico das lesões traumáticas do coração e grandes vasos
- Tratamento endovascular das doenças da aorta
- Tratamento intervencionista nas cardiopatias congênitas
- Embriologia, Anatomia e Fisiologia Fetal
- Circulação Extracorpórea na Cirurgia Cardiovascular Pediátrica
- Tratamento Cirúrgico das Cardiopatias Congênitas Acianogenicas
- Tratamento Cirúrgico das Cardiopatias Congênitas Cianogenicas (com diminuição FP-T4F,AT,AP,Ebstein)
- Tratamento Cirúrgico das Cardiopatias Congênitas Cianogenicas (com aumento FP-TGA, SHVE)
- Tratamento cirúrgico alternativo na insuficiência cardíaca congestiva avançada
- Dispositivos Mecânicos de Assistência Circulatória
- Transplante cardíaco
- Tratamento cirúrgico das taquicardias e fibrilação atrial
- Noções básicas da estimulação cardíaca I
- Noções básicas da estimulação cardíaca II
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS CIRURGIA CARDIOVASCULAR
OBJETIVOS GERAIS
Formar e habilitar médicos na área da Cirurgia Cardiovascular a adquirir as competências necessárias para diagnosticar e tratar com eficácia as doenças estruturais cardiovasculares.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Diagnosticar as cardiopatias, utilizando o domínio dos conteúdos de informação, o exame clínico do paciente e a interpretação dos exames laboratoriais e de imagem;
- Indicar os exames por imagem, decisivos na elucidação do diagnóstico das cardiopatias, interpretando as informações deles advindas e indicando a terapêutica adequada;
- Analisar a morfopatologia das lesões cardíacas e vasculares e a fisiopatologia e avaliar a terapêutica cirúrgica;
- Contribuir no preparo pré-operatório dos pacientes com vistas a diminuir o risco operatório;
- Estimar o risco operatório e decidir sobre a operabilidade do paciente;
- Indicar ou contraindicar o tratamento cirúrgico;
- Avaliar os fatores de risco relativos a cada procedimento cirúrgico;
- Dominar as técnicas operatórias e suas variantes específicas para cada tipo de lesão cardíaca e vascular;
- Selecionar, nos casos concretos, sobre as vantagens e desvantagens de cada procedimento cirúrgico;
- Avaliar o material e equipamento utilizados na especialidade e empregá-los com eficácia;
- Diagnosticar as complicações mais prevalentes, dando a solução indicada;
- Desenvolver o hábito de estudo contínuo, buscando as informações expostas nos livros e revistas especializadas e pela informática;
- Escrever um artigo científico, utilizando o método de investigação adequado e apresentá- lo em congresso médico;
- Executar tarefas crescentes em complexidade durante as cirurgias, incorporando novas habilidades psicomotoras progressivamente no treinamento;
- Dominar a epidemiologia das doenças cardiovasculares.
Competências por ano de treinamento
Primeiro Ano – R1
Proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos da Cirurgia Cardiovascular.
Proporcionar ao Médico Residente a familiarização com os principais métodos diagnósticos em cardiologia, com o uso de vídeo-cirurgia, o uso de cateteres e os princípios básicos da circulação extracorpórea.
Deverá realizar treinamento básico nos seguintes rodízios a fim de adquirirem o conhecimento básico necessário: Hemodinâmica; Métodos de diagnóstico não invasivo em cardiologia; Técnica operatória; Cirurgia Vascular e Endovascular ; Cirurgia Torácica; Circulação Extracorpórea e Unidade de Terapia Intensiva.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R1
- Desenvolver habilidades mínimas necessárias à atividade cirúrgica;
- Usar os métodos diagnósticos utilizados em cardiologia, notadamente eletrocardiograma e métodos de imagem. Analisar tomografia, ressonância nuclear magnética e cintilografia miocárdica. Compreender o papel do ecocardiograma nas disfunções valvares, na insuficiência cardíaca e na isquemia miocárdica.
- Utilizar cateteres em hemodinâmica e interpretar a anatomia radiológica cardíaca, coronariana e vascular. Interpretar corretamente as cinecoronariografias, localizando as estenoses porventura existentes e avaliar o local de realizar a anastomose distal aorto coronariana.
- Domínio sobre os princípios básicos que norteiam a cirurgia vascular. Realizar a sutura de uma artéria e uma veia. Interpretar as consequências da doença vascular periférica aguda e crônica e saber como tratá-las. Dominar o tratamento das tromboses venosas profundas. Avaliar o tratamento endovascular nas doenças vasculares. Avaliar o tratamento de aneurisma de aorta abdominal e doença carotídea
- Usar técnica de vídeo em cirurgia cardiovascular e torácica.
- Interpretar a fisiopatologia da circulação extracorpórea. Interpretar a circulação extracorpórea: oxigenadores, bomba de roletes e centrífuga, tubos, conecções e cânulas.
- Compreender e analisar os princípios da cirurgia torácica: toracotomias, indicação, colocação e manuseio dos drenos torácicos.
- Usar o desfibrilador de pás externas e internas para debelar arritmias indesejáveis durante a cirurgia. Tratar parada cardiorespiratória
- Interpretar as causas de sangramento e de outras complicações cirúrgicas e diagnosticá-las e saber tratá-las. Avaliar a necessidade de reoperar um paciente que apresente sangramento pós-operatório
- Tratar as principais arritmias cardíacas, principalmente as mais prevalentes ou mais temidas em pós-operatório de cirurgia cardíaca: fibrilação atrial, taquicardia supraventricular, taquicardia e fibrilação ventriculares
- Dominar as causas de infecção cirúrgica e saber como evitá-las e tratá-las. Dominar a necessidade de desbridar e drenar uma ferida cirúrgica
- Diagnosticar e tratar choque cardiogênico. Identificar e analisar as diversas formas de choque utilizando os meios diagnósticos adequados. Dominar o tratamento das diversas formas de choque
- Dominar a intubação orotraqueal, a punção venosa profunda e a cateterização arterial
- Identificar e interpretar a insuficiência respiratória, analisar as diversas formas de ventilação e dominar os critérios de extubação.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R2
- Diagnosticar as cardiopatias adquiridas prevalentes, utilizando a história, exame clínico e a interpretação dos exames laboratoriais e por imagem;
- Recapitular e analisar, antes da cirurgia, em texto especializado, cada passo da intervenção e anatomia cirúrgica, com a finalidade de diminuir possíveis erros;
- Demonstrar segurança na condução da cirurgia mantendo-se atento a cada detalhe e obedecendo aos princípios da boa prática;
- Dominar a montagem do sistema do oxigenador e as linhas de perfusão na máquina extracorpórea, bem como o sistema de infusão de cardioplegia;
- Dominar as técnicas de circulação extracorpórea sendo capaz de administrar a perfusão ao paciente;
- Diagnosticar a síndrome de baixo débito ao final da cirurgia;
- Dominar o uso do desfibrilador de pás internas para debelar arritmias indesejáveis durante a cirurgia;
- Instalar marcapasso ep imiocárdico e instituir tratamento de bradiarritmias no pré e pós-operatório, por estimulação com gerador externo;
- Reconhecer e diagnosticar o pneumotórax no peroperatório, dominar a drenagem transtorácica com drenos tubulares subaquáticos em aspiração contínua;
- Dominar a drenagem do mediastino anterior e realizar a síntese dos diferentes tipos de toracotomias, utilizando os fios corretos e a técnica por planos;
- Analisar o diagnóstico dos diferentes tipos de dissecção aguda da aorta pela história e exame físico e pela interpretação dos exames de imagem;
- Monitorar os pacientes com dissecção aguda e instituir o tratamento farmacológico;
- Dominar a indicação de reintervenção por sangramento no pós-operatório, com e sem comprometimento hemodinâmico;
- Diagnosticar e julgar a infecção na toracotomia e sinais de mediastinite, indicando a cirurgia adequada;
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R3
- Orientar a ação do perfusionista em cada momento do ato operatório, numa perfeita cooperação visando à prevenção da ocorrência de complicações evitáveis;
- Construir e manter com os anestesistas um diálogo permanente, quanto às variações dos parâmetros fisiológicos capazes de interferir desfavoravelmente no resultado imediato da cirurgia;
- Efetuar a proteção miocárdica de forma correta e eficiente, não aceitando períodos longos sem repetição necessária de cardioplegia;
- Executar com competência a descompressão das cavidades esquerdas, com o domínio das várias técnicas com esta finalidade;
- Realizar a revisão sistemática das áreas de sutura para excluir possíveis sangramentos;
- Escolher as cânulas corretas e os sítios de canulização para estabelecer com efetividade a circulação extracorpórea;
- Escolher e executar os diferentes tipos de toracotomia, conhecendo os planos de dissecção progressiva para expor o coração e os grandes vasos;
- Selecionar a melhor via de acesso às cavidades do coração pela análise pré-operatória destas estruturas;
- Estimar a escolha dos fios de sutura para cada estrutura cardíaca ou vascular submetida ao reparo, dominando tecnicamente a realização correta destas suturas em um ou mais planos;
- Recompor a hemodinâmica pré-operatória do paciente com autotransfusão, observando as medidas dos parâmetros fisiológicos e o comportamento do coração;
- Disponibilizar, por dissecção anatômica regrada, os enxertos venosos para a cirurgia de revascularização do miocárdio;
- Dominar o diagnóstico de arritmias pelo ECG, indicando o tratamento cirúrgico a céu aberto, ou com estimulação cardíaca artificial;
- Dominar, por punção ou dissecção de veias, a introdução dos cabos eletrodos de marcapasso para estimulação uni e bicameral e o respectivo gerador, por controle fluoroscópico e intensificador de imagem;
- Avaliar a monitorização dos portadores de marcapasso definitivo com analisadores, sendo capaz de reprogramar o sistema implantado.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R4
- Participar na indicação a cirurgia no momento adequado, baseado nas variáveis específicas descritas na literatura especializada e universal ente aceitas;
- Dominar os fatores de risco que influenciam os resultados imediatos e tardios do tratamento cirúrgico das lesões cardíacas prevalentes;
- Dominar a técnica cirúrgica mais eficaz para solucionar adequadamente as lesões cardiovasculares de um determinado paciente;
- Reconstruir as estruturas cardíacas ou vasculares com eficiência, testando sempre que possível a efetividade do reparo, utilizando os meios e equipamentos aceitos cientificamente para esta finalidade;
- Escolher a prótese valvar mais adequada de acordo com as variáveis pré e operatórias de cada paciente;
- Dominar a disponibilização, por dissecção anatômica regrada, os enxertos arteriais;
- Dominar a indicação do momento oportuno da cirurgia, o tipo de técnica e suas variantes, bem como os sinais de alerta de ruptura ou isquemia grave;
- Diagnosticar os aneurismas de cada segmento da aorta torácica pelo exame clínico e por imagem e saber indicar a cirurgia adequada;
- Analisar nos métodos diagnósticos (Tomografia Computadorizada , ecocardiograma transesofágico e ressonância eletromagnética ou outros) o sítio inicial da dissecção aórtica e sua expansão, com o fito de planejar a cirurgia;
- Reconhecer e analisar as cardiopatias congênitas, à luz de documentos de investigação diagnóstica sabendo indicar a cirurgia correta no momento oportuno;
- Conhecer e descrever as técnicas cirúrgicas de correção de cardiopatias congênitas mais prevalentes.
COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R5
Neste quinto ano o R5 deverá apto a coordenar a equipe cirúrgica e a apoiar a supervisão do programa de residência, tendo maior participação na condução do ato operatório, embora ainda sob supervisão permanente.
Durante 6 meses o R5 poderá optar por se manter na cirurgia cardiovascular com o residente ou ter treinamento especifico em área de sua preferência: cirurgia coronariana, cirurgia valvar, cirurgia da aorta, cirurgia cardíaca pediátrica, transplante cardíaco ou estimulação cardíaca artificial. Se houver vários candidatos para a mesma especialidade os mesmos deverão ser submetidos a uma avaliação interna.
Durante 30 dias o R5 poderá optar por visitar um centro internacional com renomada experiência em cirurgia cardiovascular ampliar o conhecimento e entrar em contato com técnicas atuais e avançadas em área de sua preferência. Para liberação da carta de aceitação do centro com o mínimo de 60 dias. No retorno deve apresentar relatório das atividades, certificado da visita e projeto de pesquisa relacionado.
Ao final do 5º ano de treinamento, o residente deverá estar apto a:
- Conhecer e avaliar as vantagens e desvantagens de cada procedimento utilizado;
- Decidir e estimar, durante a cirurgia, a necessidade de aplicar variantes técnicas aceitas cientificamente, no intuito de resolver dificuldades inesperadas;
- Planejar e dominar a execução dos passos de um determinado procedimento de forma sequencial e organizada, orientando os assistentes, no intuito de conseguir um desfecho favorável;
- Dominar a comunicação, de forma clara e objetiva, com cada membro da equipe, explicitando e dirigindo o que espera de cada um num determinado procedimento;
- Dominar a reconstrução de valvas cardíacas, após análise de elemento por elemento no peroperatório, delineando a reconstrução à luz das técnicas cientificamente comprovadas;
- Dominar a reconstrução das estruturas intracardíacas destruídas pela endocardite infecciosa, com retalho de tecidos biológicos e com implante concomitante de próteses valvares;
- Dominar a instalação dos sistemas de suporte circulatório mecânico por diferentes vias;
- Dominar e efetuar as diferentes técnicas de reconstrução da aorta com próteses tubulares ou com uso de próteses expansíveis intraluminais;
- Conhecer e analisar as indicações para transplante cardíaco, os critérios de morte cerebral e a seleção dos doadores e receptores.
- Dominar a realização da retirada do coração, sua proteção, armazenamento e transporte até a sala de cirurgia do receptor
- Conhecer e analisar as técnicas de implante biatrial, bicaval e bipulmonar;
- Dominar a execução das técnicas menos complexas, paliativas e curativas em cirurgias congênitas.
- Reconhecer e analisar as complicações mais frequentes da cirurgia cardiovascular pediátrica e as formas de resolvê-las.
AVALIAÇÕES
Avaliação mensal nos estágios e trimestral nas demais atividades dos residentes durante os cinco anos de formação, baseada na escala de atitudes.
Avaliação por escala de atitudes – Itens
– Desempenho em seminários;
– Desempenho em visitas e reuniões clínicas;
– Desempenho no campo operatório;
– Demonstração de conhecimento teórico;
– Demonstração de interesse em novos conhecimentos;
– Raciocínio clínico e capacidade de formulação diagnóstica;
– Execução de condutas terapêuticas;
– Relacionamento com o paciente e seus familiares;
– Relacionamento com os membros da equipe e preceptores;
– Demonstração de iniciativa e prontidão em buscar soluções apropriadas;
– Capacidade de assumir compromissos com responsabilidade;
– Conduzir-se dentro dos princípios da ética;
– Manter assiduidade e pontualidade no trabalho;
– Manter adequadamente o prontuário;
– Demonstrar cuidado com a apresentação pessoal.
Para cada item será concedida uma nota de 0 a 10, sendo que a média final das notas somadas deverá ser a de um mínimo 5,0 para se considerar aprovado o residente a cada final do ano correspondente.
Avaliação teórica anual (0-10)
Prova escrita com 50 questões de múltipla escolha com duração mínima de 3 horas, organizada pela SBCCV, supervisionada por membros do CNRM, de caráter obrigatório e com índice de aprovação mínimo de 5,0 (de 0 a 10).
Avaliação da evolução no laboratório de técnica operatória (0- 10)
– Módulo Coronária- perveabilidade e tempo de execução de anastomoses
– Módulo Valvar- execução de plastia e troca valvar
– Módulo Aorta- execução de técnicas Bentall- De Bono e Tirone David
– Módulo Cirurgia minimamente invasiva- execução de plastia e troca valvar com miniincisões e videoassistidas
Avaliação da evolução nas atividades de simulação (0-10)
Produção científica (0-10)
Desenvolvimento de trabalho para no mínimo um congresso da especialidade anualmente.
Desenvolvimento de projeto de pesquisa experimental ou clínico para publicação.
A promoção para o ano seguinte e a obtenção do certificado de conclusão do programa dependerá do cumprimento da carga horária do programa e da obtenção de média mínima de 5, somadas todas as notas obtidas anualmente.
O processo de avaliação deve ser contínuo e comunicado aos residentes periodicamente para conhecimento da sua evolução ou necessidades.
Anualmente os residentes fazem analise e pontuam de 0- 10 a instituição, o programa que cursam, os estágios realizados e a didática dos preceptores.
Cada residente deverá participar de no mínimo 100 procedimentos cirúrgicos por ano, pelo menos 60% com uso de circulação extracorpórea.